DEPARTAMENTOS

Disfunção sexual feminina

Coordenadores


Dra. Fernanda Santos Grossi

COORDENADORA

Médica ginecologista.

Especialista em Sexualidade USP.
Coordenadora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral de Caxias do Sul


Dra. Debora Fernandes Britto

VICE COORDENADORA

Médica ginecologista
Serviço de Sexologia MEAC/UFC

Coordenadores





Dra. Fernanda Santos Grossi

COORDENADORA

Médica ginecologista.

Especialista em Sexualidade USP.
Coordenadora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral de Caxias do Sul


Dra. Debora Fernandes Britto

VICE COORDENADORA

Médica ginecologista
Serviço de Sexologia MEAC/UFC

Membros

Dra. Jessica Zandona
Dra. Mônica Santos Lopes
Dra. Isabella Parente Ribeiro Frota
Dra. Thais França de Araújo
Dra. Renata Correa Ribeiro
Dra. Caroline Nakano Vitorino
Dra. Joice Martins de Lima Pereira
Dra. Carla Augusto Rita de Pinho Lima
Dra. Marina Beduschi Santos
Dra. Jussimara Souza Steglich
Dra. Maria de Fátima Duarte
Dra. Anna Carolina Miranda Petry
Dra. Tatiane Gomes de Araújo
Dra. Sandra Scalco
Dra. Juliana Bonfim Jaime
Dra. Margareth Mello Ferreira Reis
Dr. Rodrigo Torres Carvalho de Souza

Disfunção sexual feminina

O Departamento de Disfunções Sexuais Femininas (DDSF) da ABEMSS é dedicado a divulgar o conhecimento, oferecer suporte aos profissionais de saúde e fornecer informação segura à população sobre a sexualidade da mulher, função sexual feminina, saúde sexual e disfunções sexuais da mulher. A abordagem da saúde sexual é fundamental para a promoção do bem estar e da qualidade de vida das pessoas. Todos os textos publicados pelo DDSF são baseados em dados científicos

O DDSF conta com todo o apoio da ABEMSS que disponibiliza os recursos para a divulgação de informações sobre saúde através de Webinares, Lives, publicações de artigos no site e outras mídias. Serão realizados eventos de acesso público sobre temas referentes a função e disfunção sexual feminina. Para a maior compreensão dos termos relacionados com a sexualidade disponibilizamos os principais conceitos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde sobre o tema.

Metas e interfaces

Diversidade sexual

Pretende-se estabelecer a interação com o comitê LGBT para publicar material educativo em saúde sexual para mulheres lésbicas, bissexuais, trans e homens transexuais.

Disfunções sexuais femininas

Serão realizados eventos de acesso público sobre temas referentes a função e disfunção sexual feminina.

Serão realizados eventos de acesso aos profissionais membros da ABEMSS, além de publicações no site da ABEMSS sobre temas referentes a função e disfunção sexual feminina.

Psicoeducação sexual

Através da psicoeducação serão disponibilizadas medidas educativas sobre sexualidade e saúde sexual para o público em geral, para adolescentes e para profissionais de saúde e educação.

FAQ

Perguntas e respostas


Após a menopausa, ocorrem muitas mudanças psicológicas e socioculturais que podem alterar toda a dinâmica vivencial do casal, podendo afetar sim a sua vida sexual. Apesar de essas mudanças suplantarem as mudanças biológicas, estas também acontecem e têm um papel muito importante nessa fase.

Dentre essas mudanças biopsicossociais que podem alterar a sexualidade dessa mulher podemos citar: a diminuição da autoestima e autoconfiança pela perda do corpo jovem; a saída dos filhos de casa sentindo a “síndrome do ninho vazio”; a perda da parceria resultando na “síndrome da viuvez” assim como o medo de morrer; o falso mito de ter que se viver uma velhice assexuada; os transtornos de humor que podem surgir nessa idade; as doenças e uso de medicamentos que alteram a sexualidade; e também as disfunções sexuais da parceria.

Além de tudo isso, sabemos que a resposta sexual nessa fase fica um pouco mais lenta, devido à diminuição de desejo, excitação e orgasmo que podem aparecer nessa fase devido à queda dos hormônios que ocorrem após a menopausa. Observamos diminuição de sonhos eróticos e fantasias sexuais, diminuição da lubrificação e expansão vaginal devido à diminuição da produção de hormônios locais e diminuição dos vasos sanguíneos que irrigam o local, assim como diminuição da duração, intensidade e frequência dos orgasmos.

Lembrando que todas essas mudanças são mais evidentes na mulher que já tinha uma baixa ou ausente vida sexual. A constância de atividade sexual retarda esses efeitos do envelhecimento sobre os órgãos genitais e consequentemente a função sexual.

Sabemos que a terapia hormonal assim como a psicoterapia tem uma importância significativa e diminuem muito o impacto da menopausa na função sexual. A avaliação conjunta da parceria também se torna necessária, pois muitas vezes a disfunção sexual é consequência de problemas sexuais destes.

A adolescência se caracteriza por um período de mudanças físicas, biológicas e emocionais com a perda do corpo infantil, crise de identidade, flutuações de humor, tendência a fantasiar, rebeldia, reinvindicação, afastamento dos pais biológicos, tendência grupal, atemporalidade, invencibilidade, além da sexualidade.

As questões de gênero, educacionais, culturais, sociais, religiosas e econômicas vão influenciar as vivências e as situações de risco e vulnerabilidade de homens e mulheres. O corpo é aquilo que temos de mais íntimo, mas também é aquilo que temos de mais público, por ele nos apresentamos somos aceitos ou não.

O desconhecimento sobre o próprio corpo, o desencorajamento ao autoconhecimento, a falta de intimidade ao tocá-lo e percebê-lo, o desconhecimento sobre a resposta sexual humana de homens e mulheres, alterações da saúde biológica, doenças hormonais e psíquicas, uso de medicamentos, abuso físico, violência sexual podem determinar desejo sexual hipoativo, dificuldade de excitação e dor na relação como queixas entre adolescentes.

A abordagem na adolescência deve ser multidisciplinar e incluir o auto cuidado, o conhecimento dos métodos anticoncepcionais, direitos sexuais e reprodutivos, a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e gravidez não programada, além de ser espaço para que ele fale de sua sexualidade em todas as suas dimensões biológica, psíquica e sociocultural. Propiciando que o adolescente se torne ator ativo e evitando que leve para a idade adulta sofrimentos maiores. Uma dificuldade de excitação ou dor na relação na mulher jovem pode levar a desejo hipoativo na mulher adulta.

No escutar, no ouvir e no acolher reforçar a identidade de gênero, a orientação sexual, a solidariedade na diferença e os direitos iguais para ser diferente trilhando um caminho compatível com seus projetos de vida.

A falta ou inibição de desejo na mulher é frequentemente causada por fatores psicoemocionais. As causas psicológicas mais frequentes da queda no desejo sexual feminino são: depressão e ansiedade.

O estado depressivo na mulher gera uma desmotivação e um desprazer significativos diante da vida, o que inclui a perda de motivação e prazer com o sexo. A ansiedade excessiva destas mulheres gera uma insegurança quanto ao desempenho sexual (medo de não chegar ao orgasmo, por exemplo) e atrapalha a qualidade da relação sexual, gerando ainda mais frustração.

Além da depressão e ansiedade, outros fatores psicoemocionais influenciam para a baixa da libido: estresse excessivo frente aos problemas e preocupações que ocorrem fora da cama, baixa autoestima, situações de perdas (de emprego, de ente querido), sobrecarga de tarefas e atividades diárias. A falta de sintonia afetiva e/ou sexual entre o casal também pode ser outro inibidor do desejo feminino.

Identificar estas condições e buscar tratamento adequado são necessários para resgatar a motivação para uma vida sexual saudável e satisfatória.

Essa pergunta inquieta pesquisadores ao redor do mundo há vários anos. A melhor resposta é sim. Os anticoncepcionais hormonais podem afetar a resposta sexual das mulheres (desejo sexual, excitação e orgasmo) de forma variável. Uma pesquisa recente (2020) mostrou diminuição do desejo sexual, ainda permanecendo incerto o mecanismo causador dessa diminuição. Ressecamento vaginal e a sensação de orgasmos menos frequentes e intensos também foram evidenciados.

Alguns estudos destacaram maior satisfação sexual feminina com o uso de anticoncepcionais. A chegada dos anticoncepcionais orais (década de 1960) separou o prazer sexual feminino da reprodução. A maternidade pôde ser uma escolha e as mulheres saíram do espaço doméstico e ganharam o espaço público. A proteção contra uma gravidez indesejada permitiu maior liberdade para as mulheres vivenciarem o prazer, impactando positivamente no desejo sexual.

Uma avaliação médica deverá ser feita considerando todos os fatores que podem determinar problemas sexuais. Ansiedade, depressão, problemas de relacionamento, estresse, fadiga, uso de medicamentos são alguns exemplos de fatores que afetam a resposta sexual. Considerar a mudança do anticoncepcional hormonal pode ser uma alternativa. Outras vezes, trocar por um método contraceptivo não hormonal pode solucionar o problema.

A gravidez é um período de adaptações. As mudanças corporais e fisiológicas podem afetar a autoestima, além da rotina exaustiva de cuidados com o recém-nascido e amamentação. A criança passa a ocupar um espaço que interfere na rotina do casal e, principalmente a mãe, passa por uma transformação muito significativa de seus papeis. No caso de gestações gemelares as dificuldades podem ser exacerbadas. As alterações hormonais causam diminuição da lubrificação, o que pode contribuir para dores no intercurso sexual.

De fato, estudos evidenciam que os casais podem apresentar desejo sexual hipoativo e redução da atividade sexual que varia de acordo com a idade gestacional. No primeiro trimestre há sonolência, náuseas e vômitos mais frequentes e o temor de que a relação pênis-vagina provoque dano ao concepto. No segundo trimestre há uma melhora da função sexual e no terceiro trimestre as dificuldades sexuais se intensificam quando, comumente, a mulher se sente mais cansada devido ao volume abdominal, além dos medos de sangramento e parto prematuro.

As repercussões da gravidez na função sexual podem levar tanto a um aprofundamento da vivência sexual do casal contribuindo para o crescimento pessoal de ambos ou culminar com disfunções na saúde física e psíquica do casal. Sendo assim, é papel do profissional de saúde que presta assistência pré-natal informar às gestantes e suas parcerias sobre as mudanças que podem ocorrer na função sexual nesse período.

Na gravidez, o sexo e a sexualidade se modificam, a atividade sexual pode ser mantida a menos que haja sangramento, ameaça de aborto ou trabalho de parto prematuro. Apesar disto muitas gestantes não pensam e não fazem sexo. Por quê? Em primeiro, há fatores hormonais. Novos hormônios específicos como a gonadotrofina corionica, progesterona e prolactina altas vão modificar a resposta sexual feminina. As mudanças corporais são rápidas, mamas aumentadas e doloridas, vagina mais vascularizada, útero e ventre crescidos modificam a auto imagem.

A prática sexual deve incluir novas posições, apesar da vagina ser democrática e se adaptar ao pênis e ele não machucar o útero ou o bebê, é uma tarefa encontrar uma nova dimensão corporal.

Há novos papeis a serem desempenhados, nasce uma mãe, um pai, um filho e uma família, mas se continuam a ser homem e mulher e a sexualidade faz parte do se sentir humano. O papel da parceria também se modifica. A mulher que está se tornando mãe muitas vezes fica distante do modelo sexual erótico construído.

Redimensionar o prazer é fundamental, pois este não é só genital, penetrativo, uma vez que o corpo tem muitos pontos orgasmicos e orgasmos diferentes. Foco! Sexo precisa ter foco. E ele mudou. Está no filho que virá na gestação e no parto. Crie intimidade, converse, fiquem juntos, troquem carinhos, abraços e beijos. É um ciclo. Se houver vínculo, comunicação e afeto. Tudo vai se reencaixar. Mas se você é das poucas mulheres que se sentem mais estimuladas sexualmente na gestação usufrua disto e exerça este direito com liberdade e autonomia.

A idade da primeira relação sexual interfere na saúde mental e física das adolescentes. As meninas que iniciam relações sexuais com 14 anos ou menos têm mais risco de terem depressão, rebaixamento da autoestima, distorção da autoimagem e arrependimento. Meninas que começam relações sexuais muito cedo tem mais chances de terem grande número de parceiros sexuais ao longo da vida e sexo desprotegido pelo preservativo, o que aumenta o risco para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Dentre essas ISTs está o HPV, que é o vírus responsável pelo câncer de colo do útero. As meninas que iniciam relação sexual muito cedo tem aumento do risco de desenvolver doença precursora do câncer do colo uterino induzido pelo HPV.

Um problema muito sério nas adolescentes com iniciação sexual precoce é o aumento do risco de gravidez não planejada/indesejada, uma vez que o uso de método anticoncepcional seguro é menos frequente entre adolescentes. A gravidez precoce e sem planejamento provoca perda de oportunidades na formação e na vida profissional para a menina e agrega os conhecidos riscos para a mãe, para o feto e para a criança inerentes a uma gravidez nesse periodo crítico da vida da adolescência.

Sendo assim, é recomendável que as meninas não iniciem a vida sexual antes dos 15 ou 16 anos. Nessa idade, as meninas já estão mais maduras e podem escolher ter relação ou não, e escolher a pessoa com quem querem ter sua primeira relação sexual. Vale ainda lembrar que os meninos que começam a vida sexual muito cedo podem ter problemas também. A ejaculação precoce ou perder de ereção podem ocorrer devido a ansiedade no momento da relação sexual. Isso pode deixá-los inseguros quanto ao desempenho sexual e levar a disfunções sexuais recorrentes.

Há importantes evidências de que a violência sexual é um grande problema na vida das mulheres. As sequelas tem alta prevalência e complexidade, sendo amplas e significativas as associações de violência sexual com múltiplos aspectos da sexualidade feminina.

As consequências podem ser graves e de longo prazo, incluindo medo e ansiedade, depressão, dificuldades no funcionamento diário e nos relacionamentos interpessoais, disfunção sexual entre outras. As lesões genitais e infecções sexualmente transmissíveis pós-estupro são mais frequentes e quadros como dispareunia, endometriose, irregularidades menstruais e dor pélvica crônica são mais comuns nessas mulheres em comparação com aquelas não violadas. Mulheres que foram violentadas sexualmente também têm maior chance de se envolver em comportamentos sexuais de alto risco.

Quando a violência sexual aconteceu na infância, o evento passa a ser um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de disfunção sexual na idade adulta, incluindo problemas com desejo sexual, excitação, orgasmo e dor sexual.

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