A bissexualidade é uma orientação sexual, tal qual a hetero e homossexualidade, e é definida por atração emocional, romântica e/ou sexual por mais de um gênero.
Podemos pensar “mais de um gênero” como matizes de cores, ou melhor, de gênero. Matizes de gênero esta, onde na paleta dos afetos e dos desejos, há multiplas possibilidades, não necessariamente simultaneas. Tais possibilidades lançam a bissexualidade à monodissidência, ou seja, ela se desloca da monossexualidade, onda há atração somente por um gênero.
O não compromisso com a monossexualidade, de acordo com as heteronormas, faz da bissexualidade uma orientação sexual desertora. Esta deserção disruptiva a torna alvo de uma série de recriminações preconceituosas, por parte dos signatários das tais normas.
Um preconceito que existe sobre a bissexualidade é a compreensão de ela seria só uma fase de indefinição, por tanto, transitória. Este fato faz com que haja o apagamento da identidade bissexual, o que justifica o dia de hoje, dia em que se celebra a visibilidade bissexual.
Preconceitos como esse, que compreendemos como bifobia, fazem com que pessoas bissexuais sofram, por exemplo, duas vezes mais de transtorno de humor, quando comparados aos heterossexuais.
Falar sobre bissexualidade então torna-se um manifesto à celebração desta identidade sexual e um chamado ao cuidado em saúde que deve ser destinado às pessoas bissexuais, com todas as suas especificidades.
Texto elaborado pelo Coordenador do departamento LGBTQIA da ABEMSS, @maurobarbosajr_fisio
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