Vida após o tratamento: redescobrindo a sexualidade após o câncer

? Cada mulher diagnosticada com câncer de mama responde de maneira diferente ao tratamento, em todos os aspectos. O diagnóstico precoce e a evolução do tratamento para o câncer de mama têm proporcionado maior expectativa de vida para as mulheres, que veem almejando qualidade de vida, incluindo qualidade de vida sexual.

⚠ O câncer de mama é fator de risco para disfunção sexual, podendo estar associado ao próprio diagnóstico ou aos tratamentos oncológicos vinculados. A função sexual representa desafios para a vida social, mental, emocional e bem-estar físico e, no câncer, é um indicador importante de qualidade de vida.

❤ Neste sentido, é fundamental que a equipe que atende esta mulher proporcione acolhimento para discutir as queixas sexuais, abordando o tema de forma ativa tanto no diagnóstico quanto durante e após o tratamento. É importante e necessário, que a equipe apresente à mulher as possibilidades de se adaptar às novas realidades e a sexualidade possa ser retomada e exercida de forma positiva. Muitas mulheres, inclusive, aguardam a validação do profissional de saúde para o retorno à vida sexual, o qual deve compreender e oferecer estratégias que amenizem as consequências negativas do tratamento que repercutem na sexualidade.

? Esclarecer que os tratamentos para o câncer de mama podem causar repercussões na sexualidade das mulheres devido à menor sensibilidade tátil vulvar, ressecamento vaginal e atrofia da mucosa vaginal levando à dor na relação e à  diminuição da libido.

? Apresentar a possibilidade de tratamentos não hormonais possíveis para a região genital, tais como: hidratantes vaginais e terapias baseadas em energia (laser, radiofrequência). Bem como a avaliação de equipe multidisciplinar que apoie esta mulher no resgate de sua feminilidade e autoestima, valorizando também as diferentes abordagens da psicologia e da fisioterapia oncológica, especialmente,  a fisioterapia pélvica, cuja importância se reflete em: minimizar os efeitos da atrofia genital; melhorar o tônus da musculatura pélvica e também os sintomas de incontinência urinária.

❤ É na crise que surge a oportunidade de crescimento, então este renascimento após o tratamento marca a possibilidade de redescobrir novas formas de se relacionar.

#outubrorosa #ABEMSS

Texto Por:

Dra. Caroline Nakano @dracarolinenakano

Instagram: @dracarolinenakano

Dra. Jéssica Zandoná

Instagram: @dra.jessicazandona

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