A saúde sexual masculina é um aspecto importante do bem-estar global e é influenciada por uma complexa interação de fatores físicos, psicológicos, sociais e hormonais (Corona et al., 2016). Disfunções sexuais como disfunção erétil, diminuição da libido e distúrbios ejaculatórios são frequentes entre homens e podem sinalizar desequilíbrios hormonais associados (Buvat et al., 2013 e Bhasin et al., 2018).
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino e regula a libido, ereção e a produção dos espermatozoides (Bhasin et al., 2018). A deficiência de testosterona, conhecida como hipogonadismo, está associada à diminuição do desejo sexual, disfunção erétil e infertilidade (Bassil et al., 2009). Seu diagnóstico deve ser realizado por um médico especializado e deve conter a associação de sinais e sintomas compatíveis com baixos níveis hormonais e valores de testosterona reduzidos no sangue (Bhasin et al., 2018). O tratamento é individualizado e pode envolver a prescrição de medicamentos ou até de reposição de testosterona (em casos selecionados).
A prolactina é outro hormônio importante na saúde hormonal dos homens. A sua elevação, chamada de hiperprolactinemia, pode levar ao surgimento de hipogonadismo e disfunção sexual (Melmed et al., 2011). Homens com níveis elevados de prolactina frequentemente relatam redução da libido, disfunção erétil e aumento do tecido glandular mamário (Corona et al., 2013). Alguns medicamentos também podem causar hiperprolactinemia e impactar negativamente a saúde sexual masculina e devem sempre ser avaliados (Verhelst & Abs, 2003).
Os hormônios tireoidianos desempenham papel importante no metabolismo e influenciam diretamente a função sexual (Krassas et al., 2008). Tanto a falta quanto o excesso de hormônios da tireoide podem estar relacionados a disfunções sexuais. O tratamento adequado com a normalização dos níveis hormonais geralmente promove melhora das funções sexuais (Krassas et al., 2010).
O reconhecimento precoce de possíveis alterações hormonais e o seu tratamento adequado são fundamentais para a restauração da função sexual e para a melhora da qualidade de vida dos homens.
CRM SC 16049 | RQE SC 10011
Endocrinologista e Metabologia
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Bhasin S, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2018;103(5):1715–1744.
Corona G, et al. Nat Rev Urol. 2016;13(11):651–664.
Buvat J, et al. J Sex Med. 2013;10(1):184–202.
Bassil N, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2009;94(10):3655–3662.
Corona G, et al. Eur Urol. 2014;65(1):99–112.
Melmed S, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2011;96(2):273–288.
Corona G, et al. J Sex Med. 2013;10(10):2544–2552.
Verhelst J, Abs R. J Clin Endocrinol Metab. 2003;88(3):1061–1066.
Krassas GE, et al. J Endocrinol Invest. 2008;31(5):474–485.
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